Round6 é um drama sul-coreano que se tornou, sem dúvida, uma das séries mais populares de todos os tempos.
Como Nietzsche diria: “A crueldade é um dos prazeres mais antigos da humanidade”.
A euforia com a qual a série tem sido recebida tem um motivo: ela fisgou a nossa curiosidade mórbida (pela crueldade) e a nossa competitividade clássica (pelo jogo).
Mais de 400 pessoas topam uma empreitada estranha, misteriosa, para tentar se livrar das próprias dívidas; e quando percebem que isso pode lhes custar a vida, são avisadas de que elas têm sim, uma escolha.
O mais emblemático disso tudo é que esses personagens, quando devolvidos à vida que tinham antes, percebem que ela é muito mais cruel que o jogo em si. Então, eles voltam, confirmando Nietzsche, com tudo que há de mais primitivo na alma humana.
Além da narrativa de suspense, que mostra competidores sem dinheiro participando de jogos de vida ou morte em troca de uma quantia que pode mudar suas vidas, a série recebeu aplausos por retratar questões reais que afetam a vida dos cidadãos na Coreia do Sul. Mas será que são só os cidadãos da Coreia do Sul que são afetados por essas questões?
O que você faria se fosse miserável e um estranho te convidasse para participar de um jogo humilhante em troca de muito dinheiro?
Eu nunca fui de fazer apostas, jogos e coisas do tipo. Recebi este ensinamento já de pequeno, de minha mãe e da igreja dos crentes (congregação cristã). E embora tenha seguido praticamente à risca este ensinamento (salvo um ou outro jogo sem importância) depois de assistir a esta série, de uma vez que não vou nunca fazer apostas e se endividar. 😡