Talvez eu estivesse avançado demais em minha jornada espiritual que não devia sequer citar o nome de Cristo ou Cristianismo, pois já teria superado isso há anos atrás. Sim, eu superei. Não penso que preciso atacar a religião de forma gratuita ou simplesmente fazer escárnio da figura de Jesus só porque é legal. Não, e esse texto sequer é pra isso. Minha função aqui não é atacar, mas sim lhes revelar a verdade. E a verdade é que o Cristianismo é uma empreitada tão certeira para fazer negócios, que desde séculos atrás ele tem êxito, e segue tendo até os dias de hoje.
Não me levem a mal, não tenho nada contra Jesus, mas sim contra aqueles que supostamente pregam a sua palavra. Dessa personalidade histórica eu tenho apenas pena, e lamento muito pela forma com que tornaram famoso seu nome. Seus ideais de amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo acabaram sendo completamente ignorados em pró de tudo aquilo que ele condenava: o capitalismo.
Sei que é anacrônico dizer isso, mas se houvesse alguma ideologia política para Jesus, ele seria claramente um Comunista – quer você aprove ou não tal partido. Suas atitudes de repartir pães e peixes, expulsar comerciantes dos templos e afirmar que nenhum homem tem mais poder do que Deus foi exatamente a ameaça ao governo da época, que fez com que sua morte fosse a pior possível pelo simples crime de “blasfêmia”. Alguém aí acha que hoje em dia seria diferente se ele realmente voltasse? É, eu acho que não…
Pra quem não entendeu o meu ponto até agora, serei mais claro: o Cristianismo como religião NÃO PREGA os ideais de Cristo. O que ele prega é a mesma façanha que validou a morte de seu messias, porém de forma atualizada. O cristianismo é capitalista, homofóbico, machista, transfóbico, preconceituoso, ambicioso, alienatório e tantas coisas mais que vocês mesmos poderiam citar por aqui. Jesus era assim? Não. Não segundo o que sabemos sobre sua pessoa.
Ele era um pacifista, muito mais parecido com Ghandi do que com Bolsonaro. Foi de contra o governo de sua época e colheu as consequências de seus atos. Anos depois, seu mártir foi usado para estabelecer uma religião tão contraditória, mas tão tentadora, que as pessoas mais ignorantes apenas abraçaram.
Eu não duvido que seus fundadores não tenham desejado de fato espalhar as palavras de seu mestre, porém quanto tempo isso demoraria para criar força e os governantes perceberem que precisariam se apossar de tais crenças, não combatê-las? Jesus não fundou religião, e isso é maior verdade que os cristãos dizem, mesmo ignorando que fazem parte de uma, então como, após aproximadamente 2000 anos, suas reais idéias se manteriam intactas e imaculadas? Sabemos que se tem um talento que o cristianismo tem é se adaptar aos tempos, e como sabemos…
Eu ataco o cristianismo, mas não ataco Cristo; eu ataco a religião, mas não o religioso. Mesmo dentro de nosso meio há discordâncias, então quem sou eu pra dizer que o cristão está mais errado que eu? Para onde aponto o dedo, e com razão, é para aqueles que sabem que estão propagando uma mentira. Cristianismo não segue seu próprio Cristo; cristianismo segue seus próprios pecados! A ganância, a ira, a inveja e a avareza. Julgam os outros como seu profeta jamais faria; odeiam os outros como seu messias jamais ensinou; e desejam para si o que seu salvador nunca desejou.
Excessões? Claro que há. Mas como cristão devoto de seu deus, que segue de fato o que Jesus pregou, deveria-se reconhecer o que essa religião se tornou e todo o preconceito e negacionismo que fundamenta ela. Eles destruíram tudo que devia ter sido tal doutrina, a transformando em ferramenta de poder e alienação em massa. O cristianismo é a maior farça da história, pois há mais de milênio ele não aplica os ideais de Cristo.
Torno a dizer: se Jesus voltasse hoje, os próprios cristãos se encarregariam de retorná-lo à cruz.
– Storyteller666
Originalmente postado em https://www.facebook.com/2em1.satanismo.em.letras
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Parabéns, excelente texto!!!.