Um charlatão pode até conhecer uma ou duas leis e ter um conhecimento parcial delas, mas ele não vê as verdadeiras conexões entre a operação, desenvolvimento e funcionamento destas leis universais, assim como ele não alcançou a maturidade necessária.

O verdadeiro mago, por outro lado, não desejando ser classificado como um mero feiticeiro, nunca fará nada sem ter completo conhecimento sobre o que está fazendo. Um feiticeiro, também, pode usar isto ou aquilo que está fora de seu conhecimento da magia com boas ou más intenções, não se importando se usa poderes positivos ou negativos. Mas ele não tem o direito de chamar a si de mago.

Um charlatão é uma pessoa que tenta enganar outras pessoas. Ele não é um feiticeiro nem um mago. Ele realmente é, para usar termos comuns, um fraudador. Charlatães gostam de glorificar-se sobre suas elevadas faculdades mágicas, as quais, em verdade, eles não possuem, e tentam cercar a si próprios com um véu de segredo místico de modo a esconder a sua ignorância.

É esta categoria de pessoas que são responsáveis pelo mau nome que a verdadeira ciência magica obteve. As características de um verdadeiro mago não são o segredo nem a pompa externa, bem o contrário.

Ele é modesto e sempre está tentando auxiliar pessoas e explicar às pessoas maduras os segredos da magia. Naturalmente, ele não dará seus segredos para pessoas ainda não maduras para eles, de modo a evitar a degradação da ciência mágica.

(Franz Bardon.)